preso feita castanha ao corpo
teu sabor me deixa louco
querendo me livrar da solidão,
essa angústia me arrasa,
estrapola, quase mata,
nem mesmo sei
quem é o mais certo
nesse meu mundo deserto,
se é a louca da desvairada sina
ou se é a doce purpurina razão.
O teu beijo ainda gruda em mim
como papel-parede tapando o sol,
as vidraças da minha vida
inflamada pelas violências
que a sua saudade deixou
cravada, tatuada, ferrada
embaixo do meu travesseiro
cheio dos cabelos teus
que eu uso como cobertor
para aquecer nas noites frias
e solitárias.
Nem sabes o mal
que essa loucura me faz
ao me trilhar ao meio
e dividir em dois milhões
de caquinhos
feito poeira na estrada
das marés mais altas
a cuspiram desejos
de te acariciarem
quando quebras a esquina.
Menina, menina,
mata-me aos poucos,
eu somente tenho pressa
de morrer em teus abraços,
estilhaço de fogo,
vulcão em labaredas anônimas
do infinito que me vela
e me guarda
pra você.
Sérgio, beija-flor-poeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço a sua visita e solicito que deixe seu comentário. para entrar em contato envie um @-mail
para sergioalemanha@hotmail.com.
Será um prazer contar com suas visitas e comentários futuros.
Se gostastes das Poesias, eu lhe convido a fazer divulgação e passar o link a amigos. Volte sempre e muito obrigado.
Sergio,beija-flor-poeta